quinta-feira, 10 de maio de 2012

Rumo das coisas'

Sem saber para onde essas ruas me levam,
nessa cidade desconhecida,andando com a sombra dizendo
que sou parte do todo e que o todo é o
muro,o cimento,raízes de árvores,janelas
e luzes acesas ou apagadas,eu vou pulando
cada hipótese,cada degrau,um sonho,uma
pedra,um acaso.Chuvinha fina molhando as
ruas e o brilho das luzes dos postes causam
efeitos transitórios,criam flashs,imagens da vida
num filme.Um processo ecológico nascer,crescer..
Morrer é morfológico.Por que pensar assim?
As pessoas passam por mim e não me vêem
mas eu as vejo por dentro entre veias,sangue,
histórias e espírito pregado à carne como
quadro na parede.Meus pensamentos criam
um colorido para a paisagem dos carros,gente,
máquinas,céu.O céu azul.Ele sempre foi azul.
Mas aqui eu conheço somente a placa que li
inúmeras vezes indicando um caminho que não
sei se é o meu destino.Fora da concha..
Mundo perpétuo,grande..ruas e ruas.
Sem saber,era aqui que eu estava o tempo todo,
mas vou partir no trem do rumo das coisas.



segunda-feira, 2 de abril de 2012