quinta-feira, 6 de março de 2014

Meu Monstro

Achei que assim o estaria libertando mas ele se escondeu mais adentro do orgão pulsante que bombeia emoções e algo à ver com um líquido viscoso essencial. Um monstrinho acuado,medroso que na verdade gosta de morar comigo. Deixo-o livre mas ele se recusa a ir embora.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Rumo das coisas'

Sem saber para onde essas ruas me levam,
nessa cidade desconhecida,andando com a sombra dizendo
que sou parte do todo e que o todo é o
muro,o cimento,raízes de árvores,janelas
e luzes acesas ou apagadas,eu vou pulando
cada hipótese,cada degrau,um sonho,uma
pedra,um acaso.Chuvinha fina molhando as
ruas e o brilho das luzes dos postes causam
efeitos transitórios,criam flashs,imagens da vida
num filme.Um processo ecológico nascer,crescer..
Morrer é morfológico.Por que pensar assim?
As pessoas passam por mim e não me vêem
mas eu as vejo por dentro entre veias,sangue,
histórias e espírito pregado à carne como
quadro na parede.Meus pensamentos criam
um colorido para a paisagem dos carros,gente,
máquinas,céu.O céu azul.Ele sempre foi azul.
Mas aqui eu conheço somente a placa que li
inúmeras vezes indicando um caminho que não
sei se é o meu destino.Fora da concha..
Mundo perpétuo,grande..ruas e ruas.
Sem saber,era aqui que eu estava o tempo todo,
mas vou partir no trem do rumo das coisas.



segunda-feira, 2 de abril de 2012

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Animal que sou'

Animal de sangue,pele e pêlo.
Uivando para as luas,caçando nas noites.
Dias,vidas,moscas.
Instinto,natureza,espírito.
Caminhando na chuva,nas pedras.
Comendo carne crua,mato seco.
Olhar,febre,humildade,umidade.
Pegada na lama,na areia.
Coração,pata,cauda,vento.
Dormindo no tapete,no chão,na cama.
Medo,coragem,rosnado.
Sombra,luz,sol,neblina.
Água,alguém,amor.

sábado, 15 de outubro de 2011

Conjecturas'

Gelatinamente tudo está ali paralisado na mesma cena todos os dias,
Confabulando a mesma visão e tremendo involuntariamente.
Eu jogaria tinta nessa parede.Criaria uma paisagem viva,uma viva tenacidade.
Impacto necessário para levá-la a ruptura.
Eu faria algo para o desespero da exatidão de não haver móveis e não propagar chamas.
Não confunde as lógicas.Não aumenta o estupor da psicomotricidade.
Os deflexos são mais hierárquicos que os reflexos puros.Alteram a variabilidade individual.
Incompatibilidade absoluta de mecanismos do verde veronese naquele canto.
E a parede está suja com cor de véu guardado num baú a muitos anos.
Um sentimento almofadado de sensações.Disfunção rítmica.
Estou pregada a ele e não sei me voluntariar pelo acaso insano dessas conjecturas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011